Lembro do esquecido
Às vezes paro, penso e choro.
Às vezes penso, paro e choro.
Lembranças vem e vão,
Repentinamente.
Me devolvem e me roubam,
Maus e bons presságios.
Lembro de momentos,
Como se fossem
Fotos e vídeos editados.
Lembro dos odores,
Que até hoje permanecem
Em minha mente,
Mas que vem com outros.
Que nem sei quem são.
Pão Italiano
Piso de taco
Giz de cera
Macarrão com agrião
Lembro-me do sorrisos
Dos momentos
Dos pulos
Das festas
Das brincadeiras
Dos abraços
Dos encontros
Das despedidas
Fico triste, pois hoje vejo
Que tudo acabou sem despedida.
Que tudo ficou jogado na memória
Esquecido e empoeirado.
Como um velho baú
Que nunca existiu.
(João Dias C. Neto)